O perigo pode estar em casa

Choques mataram mais do que incêndios em 2019: o perigo pode estar em casa

Em 2019, 697 acidentes fatais em decorrência de choques foram registrados - Getty Images/iStockphoto

Fale a verdade: você é adepto das gambiarras eletrônicas? 

Costuma usar o celular enquanto ele está recarregando na tomada? 

Pois saiba que o número de acidentes em decorrência de choques e incêndios de origem elétrica chegaram a 1.662 em 2019.


Os registros são da Abracopel (Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade), que divulgou nesta quarta-feira (4) o seu anuário estatístico de acidentes de origem elétrica ocorridos no ano passado no Brasil. Os choques foram os maiores responsáveis pelos acidentes envolvendo eletricidade. Seguido de incêndios por sobrecarga e descarga atmosférica:

  • 909 acidentes com choques (56% do total): 212 não fatais e 697 mortes 


  • 656 incêndios por sobrecarga/curto-circuito (39%): 582 não fatais e 74 mortes 


  • 85 ocorreram por descargas atmosféricas (5%): 35 não fatais e 50 mortes


Analisando as fatalidades em decorrência de choques, adultos com idade entre 31 e 40 anos foram as principais vítimas (195 pessoas). Mas muitos bebês e crianças também acabaram morrendo diante da descarga elétrica. Ao todo, 42 com idades entre zero e dez anos. 

Os números são preocupantes, mas Edson Martinho, engenheiro eletricista e diretor executivo da Abracopel, alerta que os dados divulgados são uma parcela dos acidentes no Brasil. As fatalidades devem ser ainda maiores, já que existem casos não são reportados e nem divulgados

"As instalações elétricas no Brasil são caóticas, falta projeto elétrico, temos os aventureiros [que fazem as instalações sem a devida segurança]", afirmou o engenheiro eletricista. "Ter informações ainda é bem difícil. Antigamente, tinha uma média de 250 mortes por ano, mas sabíamos que era pouco. Hoje estamos em mais de 600. Estamos conseguindo ter mais dados e isso é importante para informar as pessoas. Mas não sei se teremos um dia o número real. Tem muitos acidentes que somem no meio do caminho", explicou. 

O anuário estatístico utiliza registros de acidentes divulgados em veículos de comunicação brasileiros (a autenticidade é verificada por uma equipe da associação) e ocorrências fornecidas também por profissionais do setor elétrico que fazem parte da entidade. 

Onde é mais comum acidentes com choque? 

A maioria dos casos contabilizados no levantamento aponta o ambiente doméstico como o lugar de maior perigo. O fio partido (que envolve acidentes com tomadas sem tampas, cabos sem isolamento etc.) é o principal culpado, mas os eletrodomésticos também têm apresentado perigo. 

Confira os principais motivos pelos acidentes registrados em residências: 



  • Fio partido em ambiente interno: 99 casos (85 mortes) 
  • Eletrodoméstico: 57 casos (52 mortes) 
  • Cerca eletrificada: 38 casos (36 mortes) 
  • Extensão, Benjamin, tomadas: 28 casos (25 mortes) 
  • Carregador de celular: 19 casos (15 mortes) 
  • Varal energizado: 4 casos (4 mortes) 

E os incêndios? 

As residências (casas, apartamentos, sítios/fazendas) também são os locais em que acidentes de origem elétrica acontecem com mais facilidade. Em 2019, foram 255 casos, com 25 mortes e um total de 656 registros. 
Comércios (de pequenos a grande porte) foram os segundos no ranking, com 178 ocorrências e 10 mortes. 

Problemas nas instalações elétricas internas foram os grandes responsáveis, em 363 casos. No entanto, outros 119 aconteceram por conta de falhas em ventiladores e ar-condicionado. Incêndios provocados durante a recarga do celular somaram 15 (com duas mortes). 

Por que tantas fatalidades? 

A falta de conhecimento sobre os perigos da eletricidade é o ponto importante para tantas fatalidades envolvendo a eletricidade, segundo Martinho. Por isso, a conscientização é fundamental. 

Mas não podemos esquecer que há muito descaso nas instalações da rede elétrica no Brasil. E isso é um problema já de muitos anos. Algumas são antigas demais e não atendem aos padrões mais recentes (como o uso da tomada de três pinos), outras não passam por manutenção preventiva e, há ainda, as redes feitas por profissionais sem formação, desatualizados. 

Associado a isso, está a imprudência do uso de gambiarras elétricas como algo permanente em casas, empresas. A cultura do mais barato, sem critério, pode sair cara, ressalta o engenheiro eletricista. 

Cuidados que todos devemos ter: 

Não ao carregador de celular falso: Muitos aparelhos de segunda linha são vendidos a preços muito baixos no mercado, o que agrada o nosso bolso. Mas eles não têm as devidas certificações e garantias de segurança. Ele pode fornecer mais energia do que o necessário para o carregamento do celular, segundo os especialistas. 

Atenção ao cabo: o uso de um cabo original é sempre a melhor escolha. Mesmo assim, antes de conectá-lo na tomada é importante ver se ele não está danificado, se a fiação interna não está exposta. Se tiver, está na hora de comprar um cabo novo e não usar o antigo. 

Evite o uso excessivo de adaptadores e extensões: lembra da gambiarra elétrica com vários benjamins? Isso deve parar. Vários aparelhos ligados em um único adaptador de tomada e/ou filtro de linha também não é recomendado pelos especialistas. O risco de sobrecarga aumenta e até incêndios podem ocorrer. 

Rede elétrica da casa em dia: é fundamental que a rede elétrica da sua casa tenha manutenção preventiva e seja avaliada por um especialista. Se ela é muito antiga e você nunca pensou nisso, procure logo um profissional de segurança para dar uma checada. 

Já ouviu falar em DR? É o dispositivo de diferencial-residual. O nome é complicado, mas ele funciona como um interruptor que impede que correntes elétricas não detectadas pelo disjuntor continuem no sistema de energia. Ele é obrigatório há anos. Aproveite a visita do profissional que vai verificar a sua rede elétrica e peça para verificar se o DR está em dia. 

Celular e água não combinam: a água (não pura) e eletrônicos não combinam. Ela funciona como um ótimo condutor de eletricidade. Evite usar o celular em ambientes com vapor de água, como no banheiro. Além da oxidação de componentes do telefone, o risco de curto-circuito, choque e incêndios após o contato com a água é real 

Fonte: Uol

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