DICAS DE TECNOLOGIA - Cuidado com a gambiarra!
Maioria dos incêndios é por curto-circuito em casa

“Curto-circuitos
foram responsáveis por 536 incêndios em 2018, sendo que 80% deles aconteceram
dentro de casa. Eles provocaram 62 mortes: 59 delas foram em residências e 35
de crianças e adolescentes de até 15 anos.”
Os
dados são da Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da
Eletricidade (Abracopel).
O
Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro (CREA-RJ) também
alerta para o cenário e que diz que mais de 90% dos incêndios registrados no
Rio de Janeiro são causados por problemas nas redes elétricas domésticas.
“Isso
inclui instalações mal feitas, aumento indiscriminado de carga nas instalações
elétricas e falta de manutenção por um profissional habilitado...”
CUIDADO COM GAMBIARRAS
O
curto-circuito acontece quando condutores com polaridades diferentes entram em
contato e provocam uma corrente elétrica de intensidade muito elevada, que flui
sem resistência.
“São
as famosas gambiarras, que envolvem instalações com falhas de isolação,
conexões elétricas mal feitas ou mal dimensionadas, executadas ou projetadas
sem respeito às normas técnicas, e com cabos desencapados”
Marcelo
Gradella Villalva, professor de Engenharia Elétrica da Unicamp
Em
uma instalação elétrica residencial, é comum que ele ocorra quando são usados
fios subdimensionados (não projetados para suportar um fluxo de corrente mais
intenso) para ligar equipamentos mais exigentes, como ar-condicionado,
chuveiro, geladeira, entre outros.
Uma
analogia simples é imaginar uma estrada. Considerando um fluxo de carros
contínuo, é natural que os veículos encontrem mais dificuldades para trafegar
em vias com a menor quantidade de faixas. Se, no trânsito, isso acarretaria em
um congestionamento, em uma fiação o resultado seria outro, aponta Marcos Rosa,
professor do Instituto Mauá de Tecnologia:
“Caso
você tenha um condutor elétrico que não esteja dimensionado para suportar uma
determinada corrente, ele irá aquecer. Isso é o que chamamos de Efeito Joule”
Quando
há uma geração de calor contínua, isso pode fazer com que o revestimento dos
fios derreta e permitir que condutores de polaridades diferentes entrem em
contato, causando o curto-circuito e aumentando a propagação de calor.
A
partir daí, pode haver um foco de incêndio, que tende a se ampliar caso haja
materiais combustíveis por perto, como cortinas, carpete ou móveis de madeira.
ESQUEÇA
O BENJAMIM
Outra
causa de sobrecarga pode vir do uso que se faz da rede elétrica. Equipamentos
com consumo maior, como geladeiras, ar-condicionado, chuveiro, entre outros,
devem ser ligados em circuitos próprios.
"Aparelhos
de elevada potência e uso prologando, como condicionadores de ar, são os mais
propensos a provocar sobreaquecimento nas instalações. E quanto mais tempo um
aparelho desses ficar ligado, maior será o aquecimento dos cabos elétricos se
eles estiverem mal dimensionados", diz Villalva
Usar
adaptadores para ligar mais de um aparelho em uma mesma tomada - os populares
"benjamins" – ou extensões que "transformam" uma tomada em
várias também colocam a segurança em risco.
"Isso
pode fazer com que haja uma demanda maior de energia, acima da qual os
condutores foram projetados", alerta Rosa. O resultado disso? Em casos
extremos a fiação pode "fritar".
O
mesmo vale para as tomadas de 20 amperes, com plugues mais grossos e
normalmente utilizadas por aparelhos que demandam mais energia, caso de fornos
micro-ondas, secadores de cabelo, aspiradores de pó etc. É comum o uso de
adaptadores para ligar esses dispositivos em tomadas "normais" o que,
claro, pode causar sobrecargas na rede elétrica.
"Quando
colocamos adaptadores para ligar um aparelho de grande potência a uma tomada
elétrica não adequada, estamos originando pontos de sobreaquecimento que podem
ocasionar incêndios se o uso do aparelho for muito prolongado", aponta
Villalva.
Neste
caso, além de trocar a tomada, é preciso checar se a fiação é capaz de suportar
essa corrente extra. Em um cenário ideal, uma instalação elétrica deveria
contar com conexões do tipo espalhadas pelo imóvel, evitando a necessidade de
recorrer a adaptações potencialmente perigosas.
Por
fim, temos os disjuntores, aquelas chaves que desligam caso haja um pico de
corrente fora do especificado em um circuito elétrico. Eles podem evitar
acidentes desde que estejam instalados corretamente, como explica Rosa:
“O
que muitas pessoas não entendem é que o alvo da proteção precisa ser a rede
elétrica e não os equipamentos. Para evitar sobrecargas, a escolha do tipo de
disjuntor deve levar em conta a corrente máxima suportada pelos condutores, de
preferência ficando abaixo dela, e não a corrente de funcionamento dos
aparelhos”
Além
disso, é preciso levar em consideração que os aparelhos tendem a consumir mais
conforme ficam mais avançados.
"Uma
atitude comum é a troca dos disjuntores por modelos de maior capacidade porque
eles passaram a desarmar com mais frequência depois da instalação de um novo
chuveiro, que hoje são muito mais potentes do que eram no passado. Isso acaba
alimentando ainda mais o problema", afirma Cosenza.
Ele
também alerta que o ideal é fazer uma revisão na instalação elétrica das
residências a cada cinco anos, já que pode haver desgaste de fios e conexões.
De qualquer forma, é extremamente importante que uma residência tenha uma
instalação elétrica planejada e dimensionada corretamente, envolvendo
profissionais especializados como engenheiros e técnicos.
Para
Villalva, por "economia ou falta de responsabilidade", esse tipo de
cuidado passa longe de muitas instalações elétricas feitas no país.
"Curto-circuitos e incêndios não deveriam ocorrer e vidas poderiam ser
poupadas se as instalações elétricas fossem projetadas e executadas por
profissionais capacitados. Infelizmente, muitas instalações elétricas
brasileiras encontram-se em situação irregular e precária", lamenta.
Fonte:
Uol
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